segunda-feira, 13 de abril de 2009

Todo mundo falou de Jesus ontem...

Tenho a total certeza de que, caso ainda existisse alguém que não tivesse sequer ouvido falar de Jesus, ontem a televisão tratou de dirimir – pelo menos aos seus telespectadores – tamanha falta de informação, ainda que apenas no que tangeu à cognoscibilidade referente à existência do Cristo.

Simplesmente TODOS os canais abertos, e vários canais fechados, dedicaram pelo menos um momento, um flash, um programa especial, uma reportagem dentro de um jornal etc, para falar sobre a páscoa, mas principalmente sobre a morte e a ressurreição do homem mais importante de todos os tempos – Jesus Cristo.

Dos documentários polêmicos e alguns muito bons da Discovery a reportagens com comentários de teólogos em programas que são comumente sobre política e economia, passando por prováveis receitas judias da época de Cristo, fato é que, direta ou indiretamente, com qualidade e espiritualidade ou apenas por preenchimento obrigatório na grade de programação; com intuito totalmente religioso e evangelístico ou tão somente banal e comercial; falou-se muito de Jesus.

A questão é que o simples fato de se falar de Jesus é algo mais do que comum e rotineiro no cotidiano das pessoas hoje em dia, sendo semana da paixão ou não. Comenta-se sobre Cristo todos os dias – nas igrejas, nos seminários, nas reuniões e workshops sobre chefia e liderança, nas trocas de e-mails no trabalho. Enfim, Cristo parece estar na boca das pessoas; seja da nossa tia que nos diz estar tudo bem com ela “graças a Deus”; seja no jogador de futebol que diz ter sido feliz porque “graças a Deus, Jesus o iluminou”; seja ainda no pai que diz ao filho “Deus te abençoe”. Como já afirmamos – a maioria das pessoas, de diferentes classes, credos e idades, falam DE Jesus. Todavia, o problema com a maioria desses comentaristas, é que a mensagem subliminar deles não tem sido sublimar.

Falamos, não necessária e obrigatoriamente daquilo que conhecemos, presenciamos e vivemos. Se assim fosse, todos aqueles que têm uma escalação da seleção brasileira na cabeça, seriam exímios técnicos de futebol, ex-jogadores ou profissionais de educação física. Fato é que falamos, pura e simplesmente, do que se convencionou falar e principalmente daquilo e/ou sobre aquele de que tenhamos ouvido algo.

Assim que, a maioria dos que têm Jesus na boca, falam do que ouviram falar e não do que conhecem, sentem, vivem. Se fala de boca e pela boca, do que ouviu e se tem ouvido falar dele. O questionamento (que nem acredito ser assim tão importante) sobre até que ponto teria algum efeito evangelístico o se falar de Jesus, não está focado no fato de acharmos que apenas alguns falam com conhecimento de causa sobre ele. Não! O problema é a total banalização de Cristo e de seu evangelho. Citá-lo apenas como quem cita um lance de um FLA-FLU, é falar de quem se não enxerga pelos olhos da fé; é falar do que não se vive e assim mentir.

Ainda que por agora, muitos só escutem falar dele e assim reproduzam o que têm ouvido, nosso esforço é para que a grande maioria venha a tê-lo com alguém íntimo em suas vidas, e assim deixem de falar do que não sentem e passem a comentar, com redobrado regozijo, daquele que passaram a enxergar (Jó 42,5).
Só vitória no Cristo tão falado, tão citado e tão mal compreendido e amado por todos nós, imerecidos amantes dele...

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