sábado, 11 de abril de 2009

O que eu, Adriano e você temos em comum?

R: TODOS NÓS PRECISAMOS DE PAZ!

Hoje quero falar sobre algumas das coisas que o dinheiro não compra (apesar de comprar muitas outras). Falo de paz e felicidade, por exemplo.

Repercutiu no mundo inteiro a entrevista coletiva de ontem do (ex?) jogador Adriano. Artilheiro, jogador de seleção, Imperador na Itália, simples jovem da Vila Cruzeiro.

Adriano chamou atenção ontem pela manhã, não por fazer um gol que decidiu um campeonato, ou por alguma briga numa boate, ou ainda por ter sido pego com prostitutas. Por incrível que pareça, ele chamou atenção com as palavras – algo bem raro no mundo futebolístico dos jogadores.

A notícia de que, por enquanto, pretende parar de jogar futebol está, segundo ele, diametralmente relacionada à falta de simples e abstratos sentimentos: a paz e a felicidade. E isto não é interpretação minha ou uma analogia forçada de sua fala. Foram as palavras dele: “Eu quero paz” e ainda “Eu não estou feliz”.

A reportagem inclusive, trouxe alguns comentaristas (jogadores, técnicos...) – um bando de gente que adora dar pitaco na vida dos outros – como nós (?). Na grande maioria disseram que ele precisava de ajuda, de casamento, de filhos com uma esposa, de psicólogo e coisas do tipo. Seu ex-técnico porém, o português Mourinho, disse sabiamente: “se perdermos o jogador, mas ganharmos o homem – então está perfeito”. A diferença do nosso pitaco está na questão de que todo mundo já está cansado de ouvir e saber, mas que a sociedade pós-moderna finge ignorar: o fato de que nenhum dinheiro, fama, carro importado ou mulher, pode dar a homem algum: a paz! E sem ela, não há felicidade ou alegria para se fazer nada.

Mas, não estamos falando da paz que o mundo diz poder oferecer. A paz que Adrianos, Ronaldos e Thiagos por todo o mundo precisam, é a paz de Cristo (Jo 14,27). Paz essa, que excede todo o entendimento e conhecimento humano, porque produz tranquilidade em vez de ansiedade, porque permite encontrar o que se busca, em vez de se desesperar por ter tudo e não se sentir possuidor de nada; a paz que nos faz ter a quem orar, e se necessário suplicar, mas também descansar os nossos corações (Fp 4,6-7).

O que o Imperador precisa é se portar como servo, deixando de ser o estereótipo padronizado que fizeram sobre ele. Ser apenas mais um simples ser que ocupe o seu pensamento com tudo o que for verdadeiro, respeitável, justo, puro, amável, de boa fama e de boa virtude e o Deus de paz será com ele (Fp 4,8).

Torcemos e oramos para que a graça irresistível do Deus de amor o alcance, assim como a todos nós que, por agora, esquecemos e queremos trocar as coisas invisíveis pelas visíveis; as imensuráveis pelas que se podem medir; as divinas pelas terrestres e nos fingirmos de felizes.

Talvez conheçamos todas, ou grande parte das coisas que se pode comprar com dinheiro – e alguns poucos até têm muito. O que precisamos agora, é conhecer justamente as coisas que com o dinheiro não se pode possuir: a paz que produz felicidade e a felicidade que nos traz a paz.

Só vitória naquele que tem nos dado a verdadeira paz, para que a nossa alegria seja completa e não apenas o nosso sábado, mas todos os nossos dias, sejam de Aleluia...

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