quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Esvaziando e aprendendo

Inventei
um jeito novo de viver a velha vida

Acreditei que a forma mais fácil seria
descomplicar tudo e simplificar sempre

Simplesmente não quero entrar em discussões

Embora isso não seja muito sábio – às vezes
um bom berro é mais do que necessário e a omissão
desculpada de pacifismo atrapalha tudo

Na verdade não inventei coisa nenhuma
não há nada de novo no mundo e um dia
traz outro dia, que traz o outro e o outro e assim vai

Conseguir achar graça em toda essa rotina de sol e chuva,
tarde e manhã, é que é difícil e aos que conseguem acham a verdadeira graça
de existir

Da mesmice nossa de cada dia,
tirar a alegria escondida do sorriso que esqueceu de vir
E da discussão idiota de sempre.

Não dizer eu te amo num dia é perder tempo com coisas menores.
Não esqueça jamais de que qualquer coisa, por maior que seja, é
bem menor do que o amor.

Mas também dizer eu te amo para quem não se ama é
perder tempo duas vezes: consertando depois o mal dito e ouvido
e buscando fazer o relativismo correto: amar ao próximo.

O mais interessante nisso tudo é que o tal de Jesus disse:
Amai ao próximo e não amai a todos – o que realmente será que Ele quis dizer com isso?

Talvez que devamos amar apenas alguns e não todos. Será? Ou Ele não disse isso querendo que as pessoas entendessem que para amar, quem quer que seja, é preciso primeiro, que este seja próximo de mim?

Quando se sentir distante de Deus, tenha certeza: está faltando amor. O remédio? AME! Está faltando o que amar ou a quem amar? SE APROXIME! Está faltando tempo para proximidade? SE ESVAZIE! Não se esqueça de que quando estamos já cheios de tudo e todos, não podemos receber mais nada, a não ser que nos esvaziemos!

Recomece, volte, “zere”, se refaça, reaprenda, se reinvente e faça o favor para você mesmo: deixe de ser tão chato assim – a casa agradece.


A busca de si próprio é a maior procura do ser humano. Aqueles que se refugiam do mundo, fracos são. Os que se abstêm de si mesmos, inconstantes. Mas os que se acham no recanto silencioso do encontro de sua alma com Deus, acharam a vida...

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Difíceis perguntas que requerem simples respostas...

Como saber se estou bem perto de Deus? Íntimo dele o suficiente?

Ninguém jamais está longe de Deus, partindo do pressuposto de que Ele em todo lugar está. Ninguém jamais estará suficientemente íntimo de Deus, uma vez que tal intimidade traduz conhecimento pleno do outro – e de Deus conhecemos o que Ele permite, deseja e induz e isso é mais do que o suficiente para nós, mas não o suficiente acerca dEle.

Agora, uma resposta de fé e bem simples diria apenas o que eu costumo insistentemente encher os ouvidos dos meus compreensivos alunos: o melhor termômetro para se saber o quanto estamos íntimos de Deus e verdadeiramente envolvidos por sua presença, em nada tem a ver com o terno que usamos, o carro que temos, a casa própria onde moramos; muito menos tem a ver com a quantidade de pulos que damos, línguas estranhas que garantimos falar ou ainda arrepios que insistimos em dizer que são resultados diretos de Deus presente em nossas vidas. Gritos, arrepios e pulos também sentimos e fazemos nas arquibancadas do Maraca.

O que realmente serve para medir homens de homens e mulheres de mulheres é a capacidade de se amar mais ou menos que cada um possa ter. Ou seja, o quanto, de fato, amamos é que determinará realmente se há o sangue de cristo correndo pelas nossas veias.

Se ao andarmos pelas ruas e contemplarmos a total desordem, miséria e depreciação da vida existente, nada sentirmos, fato é que estamos muito distantes de Deus. Todavia, se dentro de nós manifestar-se aquele sentimento decepcionante de fraqueza, por podermos fazer tão pouco ou quase nada diante de tantas situações que nos constrangem e levam nossa religiosidade barata ao nível do ridículo, então poderemos ter a convicção de que nos aproximamos um pouco daquilo que Deus deseja que façamos: amar uns aos outros...

Só vitória naquele que nos amou primeiro e para todo o sempre!