sexta-feira, 22 de maio de 2009

Desespero x esperança

Temos vivido cada vez mais uma época de contrastes muito grande. E dentro destes um questionamento em comum tem se levantado entre aqueles que se professam cristãos. Nossa palavra deve continuar sendo de esperança ou de conformidade, deve seguir ao que aprendemos a crer por fé, ou ao que contemplamos com os nossos olhos todos os dias? Este dilema, que coloca em lados opostos os diálogos de esperança e desespero, tem numa perspectiva a certeza com base no subjetivismo da fé, de que Deus está sempre fazendo o melhor pelos seus – e assim, a esperança deve prevalecer em nossas pregações e a mensagem deve ser sim de alegria, de fé, de expectativa. Contudo, contrário a tal diálogo e oposto a isso temos a perspectiva, também bíblica, de que ao se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos se esfriaria. E não bastando tal constatação pessimista, temos ainda várias outras assertivas das Escrituras que frisam a idéia de que teríamos aflições no mundo; que o mesmo caminha para uma época de grandes tribulações etc.

Ou seja, de um lado a bandeira da fé, erigida pelo Evangelho de Deus, na esperança de que, em Cristo, dias melhores sempre podem ser aguardados. Do outro porém, também corroborado pelas palavras do Messias, a mensagem é de se manter fiel em meio a tantas dificuldades, tribulações e horrores que teríamos que enfrentar. O que pregar então? O que esperar? Em que crer e sob o que depositar a chave de nossa vida?

A própria Bíblia parece se esforçar em solucionar tal questão ao apontar sempre mais para a esperança e a expectativa de que com Cristo, ainda que os problemas venham – e fato é que virão – temos alguém em quem confiar. O dilema se resolve não em ignorar a decadência da humanidade e conseqüentemente do mundo que a constitui e por ela é constituído, mas sim por ir ao sentido contrário e mais corajoso, afirmando que embora a violência cresça, o pecado se prolifere e as desgraças pareçam muito mais latentes; na mesma proporção, aqueles que estão em Cristo e assim são novas criaturas, possuem também a confiança inabalável de que tudo concorre para o bem deles. Assim que, nem a pobreza, nem a violência, nem a fome, nem a angústia, nem qualquer perda ou dor, nem mesmo a morte, nos poderá separar do amor de Cristo Jesus, nosso Deus!

Só vitória no Cristo, que pelo poder do seu nome, nos faz com que o pouco vire o muito mais do que necessário!

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