segunda-feira, 4 de maio de 2009

A alegria de um campeão ou a tristeza de uma derrota?

Todos aqueles que me conhecem um pouco, sabem que gosto bastante de futebol. E muitos acham isso um absurdo e uma total incompatibilidade com minha fé. Ou melhor, com a fé deles; até porque, sobre minha fé poucos entendem ou conhecem; pois nossa fidelidade é totalmente subjetiva. Todavia, alguns desses que dizem reprovar tal atitude, são na verdade torcedores encubados e envoltos numa falsa santidade.

A palavra questionadora de hoje é bem simples, embora muitos achem complicada: porque dentro de muitos de nossos cultos não há nem perto a alegria extravagante, que como diz a excelente propaganda, nos faz abraçar homens suados, pularmos, saltarmos, fazermos o inesperado?

Porque muitos cultos mais parecem um requiém composto para celebrar uma derrota, uma perda, como se fosse uma morte? A morte de quem nós celebramos? Cultuamos um Cristo morto ou um Cristo que está vivo; a um Deus que é imanente ou que transcende tanto assim ao ponto de nos esquecer?

A alegria de ser campeão é incomparável, imensurável e dependendo da conquista e da forma como ela venha, é simplesmente emocionante e espetacular. Agora, servir a Cristo não deveria ser, em tese, no mínimo, um pouco mais interessante do que festejar uma alegria que dura apenas até o próximo campeonato?

Nessa vida, fato é que perdemos e ganhamos. Há tempo para tudo isso. E não existe nenhum problema nessa questão. O problema surge quando só vivemos como derrotados, cabisbaixos e desanimados. O nosso Deus não perde nunca. Contudo, nós perdemos sim. E precisamos aprender a perder, ensinar nossos filhos sobre as perdas e entender que tudo, ainda que seja muito ruim, aparentemente ou realmente, tem sempre algo de ensinamento para nós.

No nosso país, vices são iguais aos últimos e de nada valem. Todavia, cada derrota, perda ou decepção acumulada, tem sempre algo a nos acrescentar, seja sobre a forma de perceber melhor as pessoas, seja sobre as situações, os momentos. Agora, como ir a um culto que me deixa mais pra baixo do que animado? Que não me acrescenta nada e ainda me cobra obrigações de um deus carrasco, que não tem nada mais importante para fazer do que ficar me reprimindo e punindo?

Ah, como desejo que nossos cultos sejam tão somente cultos e que apenas cultuemos, de forma espontânea, alegre, L-I-V-R-E! Como espero que as caras assustadas e espantadas de alguns alunos meus, quando falo sobre um Cristo que nos ama incondicionalmente e que eles parecem nunca ter vivido, não exista mais. Ah crentes do meu Brasil, alguns de vocês precisavam ir mais ao Maracanã...

Só vitória no Cristo que jamais perdeu, mesmo tendo sido crucificado por minha causa. Que jamaais desistiu, mesmo tendo sido abandonado por aqueles que se diziam amigos; que jamais deixou de acreditar em nós, mesmo sendo quem somos – pecadores eternamente carentes desse insondável amor.

Nenhum comentário:

Postar um comentário