segunda-feira, 18 de maio de 2009

Dos corredores do seminário...

As conversas informais são as que geralmente revelam o maior grau de sinceridade de cada um de nós. São nelas que não nos preocupamos em fingir, ou de criar personagens que devem ser mantidos forçosamente por causa de "reputações", "posições" ou coisas desse tipo. Numa dessas conversas boas de se ter, eu e mais dois crentes - coordenadores do seminário, estávamos comentando sobre alguns pontos interessantes, engraçados e totalmente desnecessários pelo que muitos discutem, brigam, se matam e tudo mais. Entre esses, a questão da água do batismo e do pão da ceia.
Não entrarei em detalhes aqui, elaborando um estudo exaustivo sobre a origem da Ceia ou até memso do batismo - isso daria muito trabalho e dependendo do meu ânimo seria muito chato. O que quero relatar é apenas que chegamos ao consenso de que se é Cristo que salva e que é a essência das coisas, o propósito, o interior, o conteúdo e não a embalagem, a capa, o estereótipo que conta, de nada interessa se o batismo é feito com água doce ou salgada, gelada ou quente, corrente ou parada. Interessa menos ainda se mergulham ou são mergulhados, se chapiscam água na face do batizando ou se a derramam carinhosa e religiosamente sobre sua fronte. Nada disso importa mais do que se aquele que se batiza o faz conscientemente de que é Cristo quem o salva, justifica, limpa, purifica e o faz nova criatura. Cristo - a essência - o ser, o próprio Deus - e não todas as outras coisas.
Da mesma forma, é de fazer rir os questionamentos sobre a procedência dos pães das eucaristias (ceias) nossas de cada mês. Será que alguém pode nascer de novo, da água e do Espírito (Jo 3) e ainda assim ficar preocupado se o minúsculo pedaço de pão que ele ingere nesse ato de memória é doce, salgado, francês, careca, broa, suíço, com ou sem fermento? Será que realmente interessa se é o corpo de Cristo mesmo que eu como ali, naquele momento, ou se é apenas uma simbologia? Ou interessa pura e simplesmente que quando o faço, o faço lembrando no meu ser, com alegria e não tristeza, do Cristo que por mim morreu, mas que também por amor a mim ressuscitou conforme prometido e vivo para todo o sempre está.
Nada contra os seminários. Muito pelo contrário. Os amo de paixão e amo muito mais ainda os bate-papos (que educamente alguns chamam de aula) que eu ministro. Todavia, fato é que se as igrejas ensinassem o que deveria, como deveria, muitos desses seminários perderiam a razão de ser...
Só vitória no Cristo, que nos amou muito antes de inventarem o batismo e muito além de um pão e de um vinho. A Ele, toda a Glória, hoje, amanhã e sempre!

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