quinta-feira, 25 de junho de 2009

O mundo mudou muito, mas as pessoas...

Parece ser inquestionável e estar mais do que evidente, que o mundo no qual hoje vivemos situa-se em muitos aspectos, completamente distante do mundo em que nossos pais viveram na infância e muito mais do que todo o homem da antiguidade presenciou. Fato porém, em toda esta perspectiva, é também a clara e evidente manutenção do status quo da humanidade durante todos esses anos.
Tudo bem que o mundo tenha mudado tanto e que hoje se compre até casa e carro pela internet, sem se sair da própria cama. Tudo bem que hoje o futebol é mais veloz, os jogos são transmitidos a cores e cobertos por mais de 30 câmeras. Tudo bem que ter televisão em casa hoje, não significa mais nada e que as notícias chegam praticamente em tempo real e vindas de todos para todos. Mas uma coisa só mudou aparentemente. Uma coisa só mudou - se é que podemos chamar isso de mudança - na forma de se vestir, de comer, talvez de viver. Todavia, na essência, no cerne, o homem continua sendo o mesmo miserável da graça de sempre.
Nesse mundo transformador e transformado, as pessoas que acham fazê-lo, na verdade são é feitas por ele. Continuam tão iguais, que ainda fazem aniversário e funeral; continuam vivendo, reproduzindo e morrendo. E por falar em morte, poucas vezes fiquei tão decepcionado, triste e embasbacado com a morte de algum conhecido desconhecido, como com a morte de Michael. Havia ficado assim apenas com o Ayrton Senna da Silva. E olha que não era fã do Jackson, não tenho, nem nunca tive nenhum cd ou dvd dele. Nem lembro a última vez que havia sequer ouvido uma de suas músicas. Todavia, quando recebi a notícia de que ele havia realmente morrido, simplesmente não acreditei. Como uma pessoa que sequer viveu, poderia morrer? E não digo em relação aos poucos anos (apenas 50) - digo sim em relação à vida de tristeza, decepção, dependência e vazio com que o bilionário astro se cercava.
A prova de que o mundo mudou está também na morte e na vida. Nos aniversários, mandamos mensagens instantâneas ou até mesmo somos lembrados forçosamente pela internet de que hoje é o dia da festa de determinado contato - é, as pessoas se tornaram contatos, adicionados, amigos, conhecidos, enfim, mas ainda assim pessoas. Sobre a morte, vejamos o tão comentado caso lamentável do Michael - seu funeral será um dos mais famosos e vistos de toda a história. E por mais que ele tenha sido tudo isso, quem foi ele em comparação a um Paulo da vida, ou a um Moisés, ou até mesmo em relação a Cristo? Sem fanatismos xiitas, ou comparações fundamentalistas grotescas, apenas quero destacar que Paulo tem sua morte como um mistério, mas seu funeral sem nenhuma divulgação até hoje. Já Moisés, não teve nem sequer o corpo encontrado e Cristo, o incomparável, dizem uns loucos cristãos (no qual prazerosamente me incluo), que ressuscitou e assim sendo, também não temos corpo, muito menos local exato de seu "sepultamento temporário".
O mundo mudou muito sim, mas as pessoas continuam as mesmas. Brincando com a morte dos outros; fazendo mais notícia e piada do que lamentando as perdas - enfim, rindo das desgraças alheias. O mundo mudou muito sim e apesar de hoje quererem nos fazer engolir garganta abaixo que modernidade é sinônimo de aceitação ao homosexualismo, produções de filhos em laboratório e de forma "independente", por mães mal amadas e coisas afins; as pessoas permanecem as mesmas e de Adão aos dias atuais, continuam destituídas da glória de Deus (Rm 3,23), pois não há um justo sequer. Porém, sorte a nossa que temos ainda a Cristo - esse sim, ser imutável, que continua salvando a todos quanto creem em seu nome (Jo 1,12). Pois como diz e garante a sua infalível Palavra: todo aquele que invocar o nome de Cristo será salvo!(Rm 10,13)
Só vitória!

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