sexta-feira, 29 de maio de 2009

O que se sabe é nada...

O que se sabe é na verdade nada, ou muito pouco. Fato mesmo é que achamos muito mais do que sabemos e pensamos muito mais do que realizamos - até mesmo os que nada pensam. Somos aquilo que podemos ser, embora alguns pareçam poder ser muito mais do que são, mas se contentarem em ser tão pouco. O que eu sei, sei só por hoje, de ontem, de tempos atrás. Sei que amanhã saberão bem mais do que eu, ainda que não tenham que ter tanto esforço para saber, e isso por si só já será sinal de que souberam saber mais e melhor. Sabemos, na verdade, que nem a verdade conhecemos direito e que não conhecemos o que achamos conhecer. Eu mesmo nem sei o porque de escrever o que agora escrevo aqui sem saber, sabendo que alguém talvez irá ler e dizer vários dizeres de saber, destes meus saberes sem saber. Sei mesmo é que voltei a escrever porque me dá prazer, ainda que não saiba o porquê, ou o saber, ou o que escrever...

domingo, 24 de maio de 2009

AVISO!

AVISO:





HOJE NÃO TEM AVISO!



SE TIVESSE AVISO, EU AVISAVA.



ESTÁ AVISADO!



Nada como um domingo de resfriado e cansaço, para que esta enorme sabedoria apareça...

sábado, 23 de maio de 2009

Desistir no meio nem sempre é ruim

Existe uma máxima do "fogo de palha" que diz que muitas pessoas começam muitas coisas mas não terminam. São crianças que fazem com que seus pais comprem violão porque juram que serão o mais novo Chico Buarque; são adolescentes que fazem judô porque irão para olimpíada, mas desistem antes de passarem de faixa. Enfim, são cursos, escolhinhas, gostos que deixamos facilmente de lado. Mas será realmente que toda desistência, que toda "trancada", parada ou espera é sinal de falha, erro, fraqueza? Creio que não.
Apesar de muitas vezes pararmos por sinais de fraqueza, por inconstância e até mesmo porque começamos algo muito mais pelos outros do que por nós mesmos, existem sim momentos, coisas, situações em que enfrentamos, cursamos, passamos e fazemos, onde a melhor escolha é a desistência, a parada, a princípio momentânea, ou então por bastante tempo. Onde a melhor opção é parar e não prosseguir. Tal percepção envolve inclusive outra máxima: de que nem sempre é melhor ir vagando, mas sempre caminhando, tendo em vista que vale mais parar, refazer a rota, analisar as metas, estipular os objetivos, focar os propósitos, do que continuar pura e simplesmente porque já pagamos, prometemos ou porque vão falar isso ou aquilo. Assim que uma desistência nem sempre é sinal de burrice e uma persistência nem sempre é sinal de inteligência.
Só vitória no Cristo que nos ensina que é melhor parar e refletir do que continuar pura e simplesmente para Inglês ver...

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Desespero x esperança

Temos vivido cada vez mais uma época de contrastes muito grande. E dentro destes um questionamento em comum tem se levantado entre aqueles que se professam cristãos. Nossa palavra deve continuar sendo de esperança ou de conformidade, deve seguir ao que aprendemos a crer por fé, ou ao que contemplamos com os nossos olhos todos os dias? Este dilema, que coloca em lados opostos os diálogos de esperança e desespero, tem numa perspectiva a certeza com base no subjetivismo da fé, de que Deus está sempre fazendo o melhor pelos seus – e assim, a esperança deve prevalecer em nossas pregações e a mensagem deve ser sim de alegria, de fé, de expectativa. Contudo, contrário a tal diálogo e oposto a isso temos a perspectiva, também bíblica, de que ao se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos se esfriaria. E não bastando tal constatação pessimista, temos ainda várias outras assertivas das Escrituras que frisam a idéia de que teríamos aflições no mundo; que o mesmo caminha para uma época de grandes tribulações etc.

Ou seja, de um lado a bandeira da fé, erigida pelo Evangelho de Deus, na esperança de que, em Cristo, dias melhores sempre podem ser aguardados. Do outro porém, também corroborado pelas palavras do Messias, a mensagem é de se manter fiel em meio a tantas dificuldades, tribulações e horrores que teríamos que enfrentar. O que pregar então? O que esperar? Em que crer e sob o que depositar a chave de nossa vida?

A própria Bíblia parece se esforçar em solucionar tal questão ao apontar sempre mais para a esperança e a expectativa de que com Cristo, ainda que os problemas venham – e fato é que virão – temos alguém em quem confiar. O dilema se resolve não em ignorar a decadência da humanidade e conseqüentemente do mundo que a constitui e por ela é constituído, mas sim por ir ao sentido contrário e mais corajoso, afirmando que embora a violência cresça, o pecado se prolifere e as desgraças pareçam muito mais latentes; na mesma proporção, aqueles que estão em Cristo e assim são novas criaturas, possuem também a confiança inabalável de que tudo concorre para o bem deles. Assim que, nem a pobreza, nem a violência, nem a fome, nem a angústia, nem qualquer perda ou dor, nem mesmo a morte, nos poderá separar do amor de Cristo Jesus, nosso Deus!

Só vitória no Cristo, que pelo poder do seu nome, nos faz com que o pouco vire o muito mais do que necessário!

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Seja feita a TUA vontade...

No terceiro pedido afirmativo da oração mais famosa do mundo, Cristo inclui uma das certezas mais claras de todos os tempos, que paradoxalmente porém, é também uma das mais mal entendidas - o desejo mais do que inteligente para que seja feita a vontade soberana de Deus. Mas de que Deus? Do único que é capaz de nos chamar de filhos e por isso permitir que o chamemos com ousadia de fé, de pai. Afinal de contas, algum pai de verdade pode sequer pensar algum mal sobre seus filhos? Algum pai pode querer e se esforçar para fazer algo que não seja, no mínimo, o melhor possível para seus rebentos? É lógico que não. Desta forma, a oração ecumênica do Cristo, conhecida desde ateus a Cristãos, passando por umbandistas e espíritas, busca nesta frase, clamar por esta luta interior maior de todos nós - este contraste entre o desejar muito que seja feito o melhor para nós - entendendo que Deus sempre sabe o que é melhor para nós - mas ao mesmo tempo, um confronto entre aquilo que tanto queremos e buscamos para as nossas vidas.

O maior dos problemas está no fato da escolha, entre decidir ou não acatar com sabedoria, amor e fé o que Deus tem de fato preparado para nós, como projeto de vida; ou escolhermos lutar, trocando a Deus por nós mesmos nas diversas escolhas diárias que esse nosso sopro existencial nos apresenta.
A decisão que de imediato pode parecer simples, quando muito pensada pode se tornar um tanto complicada, principalmente para aqueles que acham ter muito. De modo que quanto mais acharmos possuir, mais teremos que deixar de lado, se à vontade de Deus quisermos nos subjulgar. O fardo e o jugo, suaves e leves que vêm dele, só o são assim entendidos por aqueles que já suavizaram sua vida e lançaram sobre a redenção da cruz toda a ansiedade. Para os que ainda não conseguiram deixar com que os mortos enterrem seus próprios mortos, não conseguiram vender o que tem e seguir ao mestre, deixar os peixes e seguir as almas; para estes sim, dura coisa é desejar do fundo da alma e com sinceridade de espírito, ainda que o façam "rezadamente", que seja feita A vontade de DEUS.
Só vitória no Cristo, que indiscutivelmente sabe o que é melhor para nós!

quarta-feira, 20 de maio de 2009

A essência da vida

A essência da vida está em viver essencialmente tudo o que for interessante, não se importando com o que não sirva e nem tenha utilidade, mas se valendo de tudo o que for verdadeiramente importante para nós; uma vez que aquilo que importa a muitos, nem sempre é o que vale para nós.
Nessa aparente mistura filosófica de letras, o que se enfatiza é a relatividade dos nossos atos, sonhos, postura, pensamentos; que nos faz ficarmos tentando convencer os outros a ficarem com o melhor que nós achamos ser, que nós mais gostamos, que nós escolhemos, mesmo sabendo que o melhor para nós não necessariamente é o melhor para os outros.
Certa vez me questionaram sobre a relatividade da verdade. Muitos cristãos simplesmente ignoram e demonizam tal pensamento. Todavia, creio que tudo o que pensamos, acreditamos e até mesmo vivemos é, sempre e com minúscula excessão, a NOSSA INTERPRETAÇÃO acerca de UMA verdade. Contudo, existe sim uma exceção; que filósofos, intelectuais e muitos discordam - a verdade única que não aceita relativização; a verdade suprema, que aponta sem medo de errar que o caminho é único e acessível a todos que o aceitarem; que a vida, diametralmente oposta à simples existência, é gerada exclusivamente no seio do amor que vem do Pai. O que tudo isso significa? Que apesar de sermos tão diferentes, termos gostos, pensamentos, desejos, opções e atitudes tão soberbas e muito melhores - pelo menos na nossa concepção - do que as dos outros; fato é que apenas um homem, em toda a história, pôde com autonomia, autoridade e ousadia afirmar "EU SOU O CAMINHO, A VERDADE E A VIDA - E NINGUÉM VEM AO PAI, SENÃO FOR POR MIM" (Jo 14,6). Seu nome? Tenho certeza de que você o conhece: Jesus Cristo. Mas pode chamar simplesmente de Salvador...
Só vitória neste único Cristo, que pode e quer nos salvar; do mundo, do pecado, da carne, da tentação; enfim, de nós mesmos...

terça-feira, 19 de maio de 2009

Arrisque!

Arriscar ou não arriscar? Muitos nem sequer levam tal pensamento em consideração, preferindo a mesmice garantida do que qualquer outra coisa que não possua garantia alguma. Todavia, acredito que quando arriscamos, nossa sorte de acertar é bem maior do que errar. Assim, arrisque um beijo diferente em sua esposa hoje, inesperado, espontâneo, não mecanizado. Arrisque um telefonema para aquele amigo que há muito você não ouve, nem vê. Arrisque uma oração mais demorada, mas com palavras de alma e não rezas prontas; arrisque mais sinceridade nessa relação com o Pai. Arrisque valorizar mais o seu tempo com coisas úteis do que reclamando, resmungando, murmurando.
Arrisque brincar com seu filho um pouco até mais tarde, deixar ele fazer uma vontadezinha, ainda que só uma vez. Arrisque ir ao cinema no meio da semana e fazer um prato especial, ainda que seja arroz e feijão.
Arrisque contemplar novamente as belezas que têm se tornado sem graça pelo artificial empobrecimento causado pelo tempo. Arrisque arriscar mais, sem medo. Arrisque escrever poesias, quem sabe um livro. Arrisque mudar o corte de cabelo, ler aquela obra empoeirada, fazer uma festa surpresa para quem sempre te surpreendeu.
Arrisque, pois se não o fizermos como saberemos se valeria a pena? Arrisque para não se lamentar a frente dizendo que "queria ter amado mais, trabalhado menos, ter visto o sol nascer...". Caramba! O sol ta aí pô - VEJA! Arrisque!
Assim que constitui crime à inteligência e à vida, simplesmente existir e não viver; simplesmente "passar" e não marcar, tendo em vista que só estamos aqui por causa do risco. Do risco que Deus se permitiu ao enviar seu único filho a morrer por nós.
Só vitória no Cristo que arriscou seu próprio nome, sua reputação, e mais do que isso sua vida, para que hoje tivéssemos a ousadia de em nome dEle, arriscarmos!

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Dos corredores do seminário...

As conversas informais são as que geralmente revelam o maior grau de sinceridade de cada um de nós. São nelas que não nos preocupamos em fingir, ou de criar personagens que devem ser mantidos forçosamente por causa de "reputações", "posições" ou coisas desse tipo. Numa dessas conversas boas de se ter, eu e mais dois crentes - coordenadores do seminário, estávamos comentando sobre alguns pontos interessantes, engraçados e totalmente desnecessários pelo que muitos discutem, brigam, se matam e tudo mais. Entre esses, a questão da água do batismo e do pão da ceia.
Não entrarei em detalhes aqui, elaborando um estudo exaustivo sobre a origem da Ceia ou até memso do batismo - isso daria muito trabalho e dependendo do meu ânimo seria muito chato. O que quero relatar é apenas que chegamos ao consenso de que se é Cristo que salva e que é a essência das coisas, o propósito, o interior, o conteúdo e não a embalagem, a capa, o estereótipo que conta, de nada interessa se o batismo é feito com água doce ou salgada, gelada ou quente, corrente ou parada. Interessa menos ainda se mergulham ou são mergulhados, se chapiscam água na face do batizando ou se a derramam carinhosa e religiosamente sobre sua fronte. Nada disso importa mais do que se aquele que se batiza o faz conscientemente de que é Cristo quem o salva, justifica, limpa, purifica e o faz nova criatura. Cristo - a essência - o ser, o próprio Deus - e não todas as outras coisas.
Da mesma forma, é de fazer rir os questionamentos sobre a procedência dos pães das eucaristias (ceias) nossas de cada mês. Será que alguém pode nascer de novo, da água e do Espírito (Jo 3) e ainda assim ficar preocupado se o minúsculo pedaço de pão que ele ingere nesse ato de memória é doce, salgado, francês, careca, broa, suíço, com ou sem fermento? Será que realmente interessa se é o corpo de Cristo mesmo que eu como ali, naquele momento, ou se é apenas uma simbologia? Ou interessa pura e simplesmente que quando o faço, o faço lembrando no meu ser, com alegria e não tristeza, do Cristo que por mim morreu, mas que também por amor a mim ressuscitou conforme prometido e vivo para todo o sempre está.
Nada contra os seminários. Muito pelo contrário. Os amo de paixão e amo muito mais ainda os bate-papos (que educamente alguns chamam de aula) que eu ministro. Todavia, fato é que se as igrejas ensinassem o que deveria, como deveria, muitos desses seminários perderiam a razão de ser...
Só vitória no Cristo, que nos amou muito antes de inventarem o batismo e muito além de um pão e de um vinho. A Ele, toda a Glória, hoje, amanhã e sempre!

domingo, 17 de maio de 2009

Para que serve teologia?

Não adianta, eu sei que é ingrata a vida daquele que tem a ousadia de pretender estudar teologia. Uma vez que o economista – o bom economista – tem a tranquila capacidade de dar explicações sobre a complicada bolsa de valores, sobre a queda do Dólar ou ainda sobre o melhor tipo de investimento em tempos de crise; o advogado, ainda que recém formado e sofrendo com todos os favores que seus queridos parentes, que não estavam nem aí pra ele enquanto ele cursava a facult, mas que agora batem no peito dizendo “meu filho é advogado”, “meu sobrinho se formou em Direito” etc... enfim, estes também têm a idéia de que o formando sabe tudo de leis, desde problemas com a CLT até o possível assédio sexual no ambiente de trabalho, passando pela possibilidade de processar o colégio do priminho mais novo, simplesmente porque seus tios acham que foram constrangidos, por estarem com mensalidades atrasadas mais de três meses. Ou ainda o coitado do professor, que seja sua especialidade qual for, sempre terá um engraçadinho na família querendo que ele corrija um texto, explique detalhadamente sobre a revolução de 64, ou ainda traduza uma música em tempo real, que está tocando na festa de casamento daquela última prima encalhada.

Todas estas profissões, ofícios ou atividades porém, por mais dignas de honra e complicadas por causa do exagero de solicitações dos que nos cercam, nem chegam perto em dificuldade daqueles que têm a impensada idéia de cursarem teologia e ousarem querer saber sobre Deus.

Sua família dificilmente o procurará para falar sobre qualquer coisa ou tirar qualquer dúvida, a não ser os seus irmãos que talvez escarneceram de ti, questionando se não é vagabundagem não querer ter uma “profissão normal”; ou seus primos que riram de você, às vezes na lata mesmo, e na grande maioria das vezes escondidos.

Todavia, quando a vida e a morte, a esperança e o desespero, a harmonia e a desordem, parecerem bem próximas uma das outras; não será o advogado, o mestre, ou ainda o economista a serem bombardeados com perguntas e questionamentos os mais elaborados possíveis. Não. São aos estudantes ousados da Bíblia que se questionará, “porque meu marido, tão bom e novo, morreu dessa forma?”; “onde estava Deus quando meu filho de apenas 10 aninhos foi atropelado?”; “mas porque Deus permite tudo isso?”. São porquês e mais porquês que por mais inteligentes que sejam professores, economistas e advogados nada podem oferecer de resposta. O problema é que nós, que ousamos querer entender de Bíblia e assim do Deus único que se revela através dela, também pouca coisa podemos explicar.

A diferença talvez esteja no fato de que conhecemos que não conhecemos quase nada de Deus, e que estes seus caminhos, muitas das vezes tortuosos, são na verdade, caminhos de paz, de aperfeiçoamento, de aprendizado e salvação. Que perdas atuais, servem para se aprimorar a expectativa da vitória próxima. Enfim, falamos sobre a fé – que não se aprende em academia, nem em cursos de latu ou stricto sensu e sim pela experiência de se viver, dependendo daquele que sempre soube o que é melhor para nós.

Assim, ainda que possa parecer ingrata a vida daqueles que ousam se deliciar da Palavra de Deus, a utilizando como alimento para suas almas e como padrão para suas vidas; a certeza é de que o nosso prazer é saber que estamos aqui para isso – anunciar a Boa notícia do Evangelho de Deus – a inédita esperança de que o Cristo que havia de vir já veio e vive eternamente. Ensinando-os a guardar todas as coisas que temos aprendido. E eis que Jesus estará conosco todos os dias da nossa vida, até a consumação dos séculos (Mt 28,20).

Só vitória nesse único Cristo, que nos ungiu a pregar o ano aceitável do Senhor; a consolar todos os que choram, e a por sobre os que estão de luto, uma coroa; e em vez de cinzas, óleo de alegria e vestes de louvor, em vez de espírito angustiado; a fim de que sejam chamados carvalhos de Justiça, plantados pelo Senhor e para a sua glória (Is 61,1-3)!

sábado, 16 de maio de 2009

Perfeita ignorância

Você sabia que não pode errar? Sabia que tem que ser o primeiro da classe e que um 9,5 é muito menor do que um 10 e não necessariamente tão maior do que um 8?
Você sabia que terá sempre que estar escalado para o time de futebol do colégio e da rua? Sabia que a sua bicicleta é melhor que a do seu primo? Sabia que o colégio que você estuda está entre os 5 melhores do país e que você já falava inglês aos 10?
Você sabia que o mundo é feito de pessoas infinitamente mais ignorantes do que você, e que na verdade a grande maioria dessas nunca chegará a ser um pouco mais inteligente do que são hoje?
Sabia que não tem obrigação nenhuma de dar qualquer esmola a qualquer pessoa que lhe peça? Afinal de contas, você chegou onde chegou por puro esforço próprio, inteligência, sorte e linhagem, não foi?

Agora, você sabia que por mais idiota que todas estas descabidas assertivas acima possam parecer, existem pessoas que as acreditam como sendo verdades irrefutáveis e prática de vida?

Quanta ignorância no mundo hein Batman!?

Só vitória no Cristo que nos salva de toda ignorância, pela Palavra da verdade cravada em nossos corações...

sexta-feira, 15 de maio de 2009

A ventania

Ontem de madrugada ventou bastante. Tanto que deu para se ouvir o mesmo cantando, uivando; o que ilustrou bem a passagem bíblica onde se relata que Jesus acalmou a tempestade, ordenando também que o vento se calasse (Mc 4,39). Ventos que precisam se calar, são aqueles que “falam” – e o de ontem, falou com certeza.

Ventos assim assustam pessoas hoje ainda no século XXI, mesmo morando em casas com estrutura considerável, com paredes de cimento, tijolo, colunas. Imagine o que tal cantoria da natureza não provoca, no meio do mar, num barquinho sem nenhuma estrutura de segurança, muito menos sem nenhum colete de proteção?

A ventania de ontem só provocou um bate-bate geral nas portas e empoeirou mais ainda meu quarto; mas também pudera – eu não estava num barquinho em meio a uma forte tempestade. Todavia, o que isso tudo significa? Simplesmente que o que faz a diferença é a estrutura que possuímos sob nós e não o perigo em si; uma vez que calamidades, sejam elas pessoais ou não, de cunho social, espiritual, sentimental etc, ainda que numa mesma proporção, provocarão resultados mais ou menos fortes, deixaram mais ou nenhuma sequela, ainda que atingindo com a mesma intensidade pessoas distintas, dependendo exclusivamente da estrutura.

Assim que uma tempestade no meio do mar será infinitamente mais grave e sentida por pescadores num pesqueiro simples, do que por marinheiros num navio de guerra. Note: a situação de periculosidade é idêntica – uma tempestade. O diferencial está, porém, no suporte, na base, na estrutura sob nós. Não apenas física – o que é mais latente neste caso específico – mas também nas pessoas, no ambiente, em nosso subconsciente, em nossa percepção da vida.

Enfim, as tempestades e os ventos uivantes continuarão sempre a acontecer. Resta-nos saber se passaremos por eles tranquilos, na certeza de que temos Jesus no barco – e isso nos basta – ainda que ele possa parecer desatento ou dormindo – tenha certeza – é só aparência. Ou se nos desesperaremos. O que nos diferenciará será a estrutura. Onde e em que estão os nossos fundamentos?

Só vitória têm aqueles que buscam edificar a sua vida sobre a rocha que é Cristo (Mt 7,24-27).

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Que todos os teus sonhos se frustrem!

Até onde Deus pode ir para nos alcançar com seu amor? Essa é uma pergunta sem resposta. Pelo menos sem resposta imaginável ao nosso entendimento. Afinal de contas, quem é capaz de querer medir o que o Senhor pode fazer para revigorar em nós a alegria da salvação, ou até mesmo a esperança de continuar a acreditar? Palavras de confiança, deleite e paciência são as mais marcantes de toda a Bíblia. Expressões que nos fazem acreditar que Deus esteja fazendo algo, ainda que não estejamos vendo lhufas. O que Deus pode fazer por nós e a nós? O impossível. Ezequiel disse a mesma coisa de outra forma: "Senhor, tu o sabes" (Ez 37,3). Não é uma palavra de dúvida, no sentido de "Pô, seilá, tu que sabe o que é melhor" não! O que o profeta diz é "Senhor, se tu apenas desejar, nada lhe será capaz de impedir".

Desde os tempos bíblicos, os homens têm tido sua integridade provada pela capacidade de esperar e crer em Deus, ainda que nada possam enxergar. Assim, somos conduzidos a confiar no SENHOR e fazer o bem, embora existam muitos "emboras" pelo meio do caminho. Somos levados a entregar a Deus (Sl 37,3-5) a nossa vida. Entrega e confiança são sinônimos de fé, que podem ser traduzidos como o "se jogar de olhos fechados, acreditando que alguém nos segurará" - e nesse nosso caso, o "alguém" é Deus.

Ainda que não estejamos enxergando o horizonte, a diferença estará aí: no entender que o Senhor está conosco e que o melhor dele para nós, ainda que nos permita passar por muitos percalços e afrontas; que nos faça querer meter os pés pelas mãos, ou simplesmente desistir, influi muitas das vezes em aceitar o que, agora, possa parecer ruim. A derrota de hoje é, as vezes, imprescindível para a vitória de amanhã.
Minha oração, longe de ser melancólica e praguejante, defende a tese de que quanto mais sonharmos os sonhos de Deus para nós e não insistirmos em querer que Deus compactue com as aberrações do nosso imaginário, mais nos aproximaremos do melhor que nossos olhos não conseguiram ainda contemplar, nem nossos ouvidos ouvir, nem ainda subiram ao nosso coração.
Desta forma, desejo profundamente que todos os teus sonhos se frustrem, que todos os teus planos não prosperem e que a sua esperança se desvaneça; para que então aí, e somente aí, possas desfrutar cada vez mais desse amor que não se explica e que não se cansa de lutar po nós!

Só vitória têm aqueles que conseguem esperar com paciência, no Cristo que não se cansa de acreditar em nós!

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Porque?

Uma campanha publicitária de um certo tênis tem me chamado muita atenção ultimamente.

Ela não é nova, mas ainda assim, sempre que a vejo, viajo - esses são os bons comerciais - aqueles que nos fazem sair do nosso lugar comum e ir.

No comercial, que começa com a indagação retórica "porque" - a questão central é crucial, bela e muito mais importante do que o tênis que se pretende vender.

Se questiona o porquê de muitos acordarem ainda de madrugada para correrem, se não há ninguém para assistir. O porquê de se esforçar ao extremo enquanto muitos ainda dormem, se não existe classificação em jogo. O porquê de trocar preciosos minutos a mais de sono por uma corridinha despretensiosa, se não existem possiblidades de se ganhar medalhas?

A sensibilidade da propaganda é simplesmente sensacional: Porque fazemos o que fazemos, ainda que não exista nada exterior que nos recompense? Porque tanto esforço, luta, dedicação, suor e alegria, se nã há disputa?

E a resposta é simples: mais vale o implícito do que o explícito. Mais vale o que ninguém vê ou entende, mas é, do que o que todos acham conhecer, saber e perceber, mas de nada serve.

Faço porque vale fazer e não porque ganho algo. A essência está no fazer e no prazer de tal ato, não no que o ato pode vir a gerar. O ato em si já é o resultado. Qualquer coisa além disso, não é o essencial. E você? Porque faz o que faz? Propósito - é essa a palavra chave da VIDA!

Só vitória no Jesus maravilhoso que nos dá propósito na vida, para que vivamos e não apenas existamos!

terça-feira, 12 de maio de 2009

Muitos pensaram que era o fim...

mas foi apenas o começo!
Quando há algum tempo atrás um certo Jesus de nazaré, nasceu entre animais numa estrebaria em Belém da Judéia, a estrela do oriente já fazia questão de iluminar aquele que seria o menor-maior homem de todos.
Uma criança normal, que não usurpou ser igual a Deus, mas antes aprendeu a obedecer e em tudo foi aprendiz - engatinhou, deu os primeiros passos, caiu, chorou, cresceu.
Aos doze já ensinava o que muitos com 8o anos não haviam ainda aprendido e o que muitos jamais aprenderam. Nessa "adultoscência" já entendia que seu pai estava no céu e que aqui estava para fazer a diferença.
Mais a frente fez o melhor vinho aparecer no decorrer de uma festa de casamento; fez cegos de todos os tipos enxergarem a verdade de verdade; fez coxos andarem; mudos falarem. Transformou pescadores despretensiosos em homens poderosos em palavras; cobradores de impostos em evangelistas.
Aos pecadores deu-lhes o perdão; aos sem expectativa, deu-lhes a oportunidade inimaginável de viver; aos marginalizados: o meu reino está dentro de vós; aos adúlteros: eu não lhes condeno; aos arrogantes: eu vim para os doentes e não para os sãos.
Falou a todos quanto quiseram lhe ouvir e modificou a todos por onde passou: indiferença era um sentimento simplesmente impossível diante dele. Ou se lhe amava muito ou se lhe odiava, mas jamais Jesus passou despercebido.
Como todos sabem, decidiram então matar o homem Jesus. Decidiram, por mais curioso que possa parecer, tirar a vida daquele que é a própria vida. Ele que veio para ser luz, mas muitos preferiram ficar em trevas. Ele que por chamar a Deus de Paizinho, foi tido como blasfemador e anátema. Ele que almoçava com os pecadores e se sentava junto aos desprezados; ele que não se importava de lavar os pés dos seus discípulos, nem de não ter lugar perfeitamente acomodado para dormir; ou de ficar horas se despedindo de uma multidão de seguidores famintos por suas palavras. Ele que nunca amou menos alguém do que outro; ele que jamais deixou de oferecer vida. A ele mesmo, quiseram matar.
Foi então traído com um beijo. Foi então fantasiosamente julgado no juri mais forjado, armado e falso de toda a história. Condenado sem crime e sem apresentação de uma prova concreta sequer, sua sentença foi a cruz. A humilhação precisava ser completa e o sofrimento tamanho.
Lhe cuspiram, lhe ofenderam, lhe escarneceram. Bateram no seu rosto, deram-lhe uma coroa de espinhos. Lhe tiraram a roupa; lhe ofereceram uma pesada cruz para carregar. Lhe deram vinagre em vez de água; lhe expuseram ao ridículo e ao opróbrio. Seus amigos desapareceram; seus parentes nem próximo estavam; Maria nada pode fazer a não ser chorar. A dor era imensa, intensa, infindável.
Seu olhar na cruz, alterado pelo sangue e suor, não o impediram contudo de contemplar um dos ladrões que junto dele estava sendo crucificado. Aparentemente sem tempo e esperança de salvação para a sua própria vida, ofereceu perdão para aqueles que não sabiam o que estavam fazendo, e vida eterna para aquele ladrão que consternado com o Cristo ao seu lado se arrependeu em boa hora.
O texto bíblico vai nos detalhar ainda, que Cristo vai expirar e assim morrer na tarde de uma sexta-feira. Santa sexta-feira Batman! A escuridão assola o Gólgota; os indecisos se apavoram; os soldados romanos caem em si diante do absurdo que acabara de acontecer. Mataram o mais inocente de todos os viventes. Jesus não mais respira. Sua boca não diz mais nenhuma doce palavra. Seus olhos não perscrutam mais nenhuma alma. Acabou! Assim alguns acharam.
Mas como a morte poderia vencer aquele que é o autor da vida? A morte não podia derrotar aquele que conhece e é o próprio caminho e que é e age sempre em verdade. O desepero do possível abandono do pai; o desdém covarde de Pilatos e a fala unânime e burra daqueles que tanto quiseram sua morte, parecem sensações vencedoras somente até o terceiro dia.
Por isso, santo mesmo é o domingo seguinte e não a sexta-feira. Por isso, a cruz de cristo em qualquer lugar que se diz Igreja, tem de estar sempre vazia e não com um pedaço de gesso, madeira, bronze ou seilá o que daquilo que dizem ser o Cristo. Por isso, conforme prometido pelo próprio Jesus, Ele ressuscitou e vive para todo o sempre.
Muitos ao olharem para a cruz pensaram, uns felizes, outros mui tristes: É o fim. Todos se enganaram. Foi apenas o começo...
Só vitória no Cristo que é a ressurreição e a vida e garante que quem crê nele, ainda que esteja morto viverá! (João 11,25)

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Íntegro, integral, integrado e integrador

A palavra de hoje é curta.
Ainda estou me recuperando de uma incômoda dor no dente - culpa toda minha é claro (desleixo)
Falarei sobre antropologia bíblica hoje no seminário. A idéia é comentar sobre o homem como SER. E assim, vi em algum lugar por aqui na internet, uma fala de um tal professor Dr. Cristofani, parafraseando os 4 pilares da educação, elaborados pela UNESCO, explanando que o verdadeiro homem precisa dos 4 "Is" e achei realmente sensacional. Meio americanizado e "chavanizado", mas ainda assim muito bom. Ah, as asserções após os títulos são de minha livre especulação mental...
Íntegro - Aprender a ser um verdadeiro SER. O homem de verdade não é aquele que grita, bate e intimida. Distante disso, o homem com a verdade, será aquele que conseguiu aprender a ser alguém que SENTE. Isso é integridade. Capacidade rara de ser um SER de verdade.
Integral - No sentido de "completo", não perfeito, mas que cresça em todos os sentidos e não apenas no que ache ser mais útil. Todos os sentidos são utilíssimos, até os que fazemos questão de não desenvolver e os que nem sabemos que possuímos.
Integrado - O homem com "H" maiúsculo, precisa entender que não vive sozinho. Ele faz parte de um todo, que é maior do que ele. Somos todos, querendo ou não, interdependentes de pessoas tão imperfeitas quanto nós mesmos. Carecemos da carência que tanto incomoda o alheio e que tanto nos suplanta para o bem...
Integrador - Independente da veracidade de tal palavra, a idéia é entender que o homem de verdade precisa ser alguém que aprendeu a fazer. Não basta ser, aprender e conhecer. A práxis é fundamental. É assim que o homem age como ser integrador. Existe tempo de teorizar, mas o homem que vive em verdade, sabe o tempo de agir. E age!
Só vitória no Cristo que nos ensina a crescer na Graça, mas também no conhecimento!

domingo, 10 de maio de 2009

MÃE...

MÃE

Muito
Amor
Em um só lugar...

Uma simples homenagem aquele ser que manifesta esse amor tão divino
e importante, que até Jesus Cristo teve uma.

Um grande beijo para todas as mães, de todos os filhos...


Só vitória!!!

sábado, 9 de maio de 2009

Escritor debilitado... alegria de sempre

Escritor debilitado, mas quase bom

hoje não tem como eu escrever muito. Ei, psiu! Não é falta de ânimo não, viu?

É que prefiro deixar para amanhã, com mais calma e tempo.



Estou me recuperando, mas como não tenho tempo nem de ficar doente, amanhã já estarei bom, se Deus quiser, e aí escrevo algo aqui para alguém ver, ler e quem sabe até se surpreender...



O que quero destacar é que por maior que seja a sua angústia, não deixe de acreditar - nunca!



Que bom que estamos quietinhos "na nossa" - só assim percebemos e valorizamos coisas que, agitados, não conseguimos captar nem apreciar.



Então: brigadão a todos quanto tem sido importantíssimos nessa minha debilidade momentânea: Ao meu Deus é claro, e às mortais dona Odair - minha mãe e meu amor, Angélica agê... Beijos no coração de vocês duas!!!



Só vitória no Cristo que nos tem feito acreditar que amanhã será um lindo dia da mais louca alegria que se pode imaginar!

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Mais um dia sensacional!

Este é mais um dia que o SENHOR nos deu de presente. Por isso, e apenas por isso, alegremo-nos e regozijemo-nos nele!

A vantagem de termos a Deus como Senhor, é justamente entendermos que qualquer dia deixa de ser um dia qualquer, justamente pela magnitude de cada único momento que Ele nos concede para apreciarmos o belo.

Esta beleza, ainda que tardiamente percebida por muitos de nós, será responsável direta por nos fazer adorá-lo, mesmo em momentos de dor, sofrimento, solidão e vazio. Situações que todos nós enfrentamos e estamos sujeitos a passar.

Todavia, quando entendemos que este dia que se chama hoje é simplesmente maravilhoso pelo fato de ser único e divinamente orientado por Deus, conseguimos ver a Graça que faz com que tudo tenha graça em nossa vida!

Assim que muitos pobres na vida são aqueles que conseguem ter apenas dinheiro.


Só vitória no Cristo que tem nos dado de presente o agora. Carpe diem!

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Há tempo de perder...

É incrível como sempre criamos centenas de motivos para uma derrota. Os “ses” aparecem proliferados em nossa mente, como querendo corroborar que SE tivéssemos feito tudo justamente ao contrário do que fizemos, teríamos então nos saído bem melhores. A verdade é que pouquíssimas ou nenhuma dessas “suposições”, de fato mudariam alguma coisa.

Desta forma, tais suposições do tipo “eu poderia ter me esforçado mais; dormido mais cedo; me alimentado melhor; treinado mais intensamente; deixado de ter ido para tal lugar ou falado com tal pessoa naquela hora” etc etc servem como uma semente pronta para gerar depressões complicadíssimas, dependendo do terreno mental em que se instalem.

O que precisa ser entendido é que, mesmo que tenhamos feito tudo o que achamos que deveríamos ter feito e por algum motivo ou outro, seja desleixo, despreparo, soberba ou ignorância, existem dias em que a bola não entra, em que o goleiro salva em cima da linha; em que nossa mente se desfalece, em que não conseguimos fazer aquilo que sabemos ser o melhor. Sabemos mas não fazemos, não apenas por safadeza, mas porque existem dias em que as coisas não acontecem e assim, perdemos.

Aceitar a derrota não é o mesmo que jogar para perder ou jogar com medo, mas é entender que as vezes, mesmo que façamos o máximo, nem sempre vencemos. A recepção mental e pessoal de cada um é que determinará se ele perdeu ou quase ganhou, ainda que de forma estática sejam a mesma coisa, psicologicamente não o são.

É por isso, e apenas por isso, que alguns simplesmente se desesperam quando se sentem derrotados; ficam sem sair de casa, sem falar com ninguém, ou preferem fingir que não perderam. E outras simplesmente reconhecem que, não por culpa delas, pelo menos não exclusivamente, a derrota veio. Com ela, cabe analisar os detalhes, consertar os pequenos ou grandes erros e rir dela na nossa próxima vitória...

Só vitória, no Cristo que nos ensinou a valorizar cada momento, sejam aparentemente bons ou ruins, entendendo que tudo coopera para o bem daqueles que amam a Deus! (Rm 8,28)

quarta-feira, 6 de maio de 2009

De que vale servir a Deus?

Ao olharmos para a vida de Salomão, pelo que a Bíblia nos oferece, vemos além de um homem especial e o mais sábio de todos, três fases distintas, traduzidas pelas três obras que a tradição rabínica judaica atribuirá a ele. Na cronologia, o tão mal compreendido e sensual “Cantares” teria sido escrito pelo jovem rei; “Provérbios” viria um pouco mais tarde, tendo sido elaborado no auge de seu reinado e o assombroso “Eclesiastes” já no fim de sua vida.

Como não pretendemos analisar, aqui e agora, a historicidade da autoria desses livros, muito menos a teologia neles expostas, me conterei apenas em alguns dos versículos mais decepcionantes, tristes e pra baixo de toda a Bíblia – todos eles, tirados de Eclesiastes.

O primeiro balde de água fria vem logo no terceiro versículo. Questionará assim o sábio pregador: “Que proveito tem o homem de todo o seu trabalho, com que se afadiga debaixo do sol”? É claro que seria um verdadeiro crime exegético citar esse versículo isoladamente e fora do contexto. Assim, indicamos sempre que a leitura da perícope inteira seja feita quando não a citarmos aqui. Na conclusão deste trecho ele dirá: “Geração vai, e geração vem; mas a terra permanece para sempre”. Ou seja – trabalhamos, nos cansamos, nos “matamos”, e nada disso levamos daqui.

Para fundamentar minha teoria decepcionante, não poderia de citar apenas este verso isolado. Então, lá vai uma listagem resumida de algumas palavras verdadeiramente animadoras do sábio mais famoso de Israel:

“...todas as coisas são canseira...” (1,8)

“Aquilo que é torto não se pode endireitar...” (1,15)

“Porque na muita sabedoria há muito enfado...” (1,18)

“Resolvi no meu coração dar-me ao vinho regendo-me, contudo, pela sabedoria, e entregar-me a loucura até ver o que melhor seria que fizessem os filhos dos homens debaixo do céu, durante os poucos dias de sua vida” (2,3)

“Como acontece ao imbecil, assim acontece a mim, porque pois busquei eu mais sabedoria?” (2,15)

“Há tempo de morrer... de matar... de derrubar... de chorar... de perder... de aborrecer... de guerra...” (3,1-8 – destaquei apenas as partes decepcionantes)

“o que sucede aos filhos dos homens sucede aos animais; como morre um, assim morre o outro... todos vão para o mesmo lugar; todos procedem do pó e ao pó tornarão” (3,19 e 20)

“pelo que tenho por mais felizes os que já morreram, mais do que os que ainda vivem” (4,2)

“melhor é o dia da morte do que o de nascimento; a casa onde há luto do que onde há banquete; a mágoa do que o riso; porque com a tristeza do rosto se faz melhor o coração" (7,1-3)

“a pequena comemoração se faz para rir, o vinho alegra a vida, e o dinheiro atende a tudo” (10,19)

A listagem acima não é exaustiva e sim seletiva, interpretativa e totalmente tendenciosa. Foi escolhida com o intuito real de destacar apenas as decepções e tristezas de um sábio, que ao olhar refletivamente para sua vida, percebe que algumas coisas nunca mudam; que outras não valem tanto a pena quanto se achou que valia; que alguns esforços são desnecessários; que alguns stress descabidos; que alguns prazeres não são tão pecaminosos quanto se imaginava; que algumas verdades, não passam de mitos e que algumas ilusões às vezes se realizam.

O motivo dessas citações, já confessado por mim, propositalmente e preguiçosamente colocadas em sua maioria destacadas do contexto real do livro do Eclesiastes, tem a intenção de apenas lembrar desse livro tão esquecido e pouquíssimas vezes lido com atenção necessária.

Temos aqui uma riqueza incomparável do relato de um sábio, que ao analisar a sua vida inteira, faz um testamento de despertamento para aqueles que viriam após ele. Temos aqui a imagem do pai que não quer que seus filhos cometam os mesmos erros; o pastor que insiste para que suas ovelhas não venham cair no mesmo buraco; o Deus que nos orienta sobre os percalços dessa vida debaixo do sol.

Mas a decepção não é descabida ou ainda total. Salomão como bom analista da vida como arte, tem uma conclusão para tudo isso. O destaque que ele faz questão de relatar é para que não venham a dizer que ele não avisou nada – ele avisou sim e muito e há muito tempo. O mal existe e com ele os dias maus também. As decepções acontecem, as perdas, as dores de cabeça e cansaço. O enfado e a fadiga de um dia estão sobre justos e injustos. Os tolos se darão bem de vez em quando, enquanto sábios aparentemente serão deixados para trás. O mundo parecerá, ainda que por instantes, ser dos espertos e não dos esforçados. A vida, às vezes, parecerá não ter sentido, gosto ou prazer. Mas entenda: existe espaço para tudo isso. Temos que entender que em nossa vida, cabe tanto a tristeza quanto a alegria; a vida quanto a morte; o prazer e o desânimo. Há sim, tempo para todas as coisas e propósitos debaixo do céu.

Contudo, a lembrança final do sábio e as palavras com que ele queria ficar sendo lembrado nos orientam a lembrar do nosso criador em quanto temos tempo (cap. 12). E finaliza com esplendor de alma: “De tudo o que se tem ouvido, a suma é: Teme a Deus, e guarda os seus mandamentos; porque isto é o dever de todo o homem. Porque Deus há de trazer a juízo todas as obras, até as que estão escondidas, quer sejam boas, quer sejam más”. Ou seja – entenda, de uma vez por todas, que ainda que não pareça (e convenhamos, as vezes realmente não parece) vale MUITO a pena, servir e temer ao SENHOR!

Só vitória no Cristo que nos tem feito fazer valer a pena cada dia!

terça-feira, 5 de maio de 2009

Salmo 51 (Parte II)

Alguns dias atrás comecei a comentar sobre o meu salmo preferido – o 51. Na ocasião, falei sobre a primeira parte do verso 10 (“cria em mim ó Deus um coração puro...”). A intenção era comentá-lo todo, ainda que aos poucos. Aqui vai então, mais uma parte desta obra de arte vinda direto da alma de Davi para os nossos corações, ainda que o mais famoso rei de Israel sequer tenha tido noção de que um dia nós existiríamos – mas o Deus que o conduziu, certamente sabia que hoje estaríamos aqui nos deliciando com cada uma dessas belas palavras de vida.

Nosso papo de hoje será sobre a primeira parte do verso 12, onde o salmista em oração diz: “Restitui-me a ALEGRIA da TUA salvação...”; ou ainda, “devolva-me o júbilo da tua salvação...”.

Já tem algum tempo que comentamos aqui sobre a alegria de se cultuar a Deus. Ontem mesmo falamos um pouco sobre isso, ao questionarmos porque em muitos cultos não sentimos o prazer insondável de se estar na presença de irmãos e mais ainda porque esses são apenas irmãos nominais e não reais? Aqui, Davi sente que está numa situação deplorável. Não é nem a questão da reputação, do pecado em si, ou mesmo do que as pessoas andam comentando nas esquinas sobre a vida do rei. O que mais incomoda o monarca neste momento de transbordar da alma, não vem de fora, mas de dentro; pode não está explícito, mas implicitamente o devora como uma chama que vai aos poucos ardendo e se tornando incômoda. O que Davi manifesta ter perdido, muitos sequer jamais possuíram por um dia só: a alegria que vem exclusivamente da graça de se sentir salvo.

O mais interessante é que ele não clama por algo que achava ser seu, de direito pessoal e intransferível. Ele não argumenta ter que receber de volta o que era dele ou coisa assim. Como é sua alma que fala, o famoso rei diz, clama, berra ainda que sem gritar, ainda que ninguém veja ou ouça – mas suas entranhas transbordam de pesar e as palavras saem para o papiro na forma de um sopro ousado de esperança: “eu preciso sorrir novamente” é o que diz o rei. “Eu preciso voltar a acordar de manhã e achar graça no gorjear dos pássaros”. “Eu preciso voltar a sentir a tua presença no meio das ovelhas, nos meus aposentos, na hora de eu dormir; entre as estrelas e a lua; do despertar do sol e no cair da chuva”. Em suma: “DEVOLVA-ME, mas do que tudo na vida, aquilo que só tu (ó Senhor) podes me dar: A graça de achar graça em tudo o que tu fazes para mim”. A alegria pura e genuína de ser apenas teu. A alegria de além de ser, se sentir salvo.

Quando olho para este versículo, reproduzo-o como minhas palavras em oração, sempre e sem acrescentar nada. Apenas pedindo: restitui-me Senhor a alegria da tua salvação! Quando leio esse texto, não consigo compreender como alguns ainda persistam no erro de fingirem estar bem e felizes pelo simples fato de estarem indo para uma reunião religiosa. Como alguns se contentam com tão pouco do tudo que Deus pode nos oferecer. Como algumas pessoas podem passar uma existência inteira sem jamais terem tido a alegria da salvação.

Nessa vida temos aflições, pesares e perdas. Sofremos derrotas e decepções. Nos entristecemos e passamos por situações inesperadas, muitas inexplicáveis aos nossos olhos e incompreensíveis ao nosso raciocínio. Todavia, não podemos jamais perder o sentimento da alegria da salvação que vem de Deus. Por isso que gosto bastante da enlouquecedora e ousada frase de Paulo, ao se colocar como ministro do Evangelho de Deus, afirmando a conduta que esses deveriam ter, em todas as situações: “...entristecidos, mas sempre alegres; pobres, mas enriquecendo a muitos; como nada tendo, mas possuindo tudo” (II Co 6,10).
Só vitória nesse Cristo que dá a alegria e o privilégio, a todos aqueles que o recebem e creem no seu nome, de serem feitos filhos de Deus (Jo 1,12).

segunda-feira, 4 de maio de 2009

A alegria de um campeão ou a tristeza de uma derrota?

Todos aqueles que me conhecem um pouco, sabem que gosto bastante de futebol. E muitos acham isso um absurdo e uma total incompatibilidade com minha fé. Ou melhor, com a fé deles; até porque, sobre minha fé poucos entendem ou conhecem; pois nossa fidelidade é totalmente subjetiva. Todavia, alguns desses que dizem reprovar tal atitude, são na verdade torcedores encubados e envoltos numa falsa santidade.

A palavra questionadora de hoje é bem simples, embora muitos achem complicada: porque dentro de muitos de nossos cultos não há nem perto a alegria extravagante, que como diz a excelente propaganda, nos faz abraçar homens suados, pularmos, saltarmos, fazermos o inesperado?

Porque muitos cultos mais parecem um requiém composto para celebrar uma derrota, uma perda, como se fosse uma morte? A morte de quem nós celebramos? Cultuamos um Cristo morto ou um Cristo que está vivo; a um Deus que é imanente ou que transcende tanto assim ao ponto de nos esquecer?

A alegria de ser campeão é incomparável, imensurável e dependendo da conquista e da forma como ela venha, é simplesmente emocionante e espetacular. Agora, servir a Cristo não deveria ser, em tese, no mínimo, um pouco mais interessante do que festejar uma alegria que dura apenas até o próximo campeonato?

Nessa vida, fato é que perdemos e ganhamos. Há tempo para tudo isso. E não existe nenhum problema nessa questão. O problema surge quando só vivemos como derrotados, cabisbaixos e desanimados. O nosso Deus não perde nunca. Contudo, nós perdemos sim. E precisamos aprender a perder, ensinar nossos filhos sobre as perdas e entender que tudo, ainda que seja muito ruim, aparentemente ou realmente, tem sempre algo de ensinamento para nós.

No nosso país, vices são iguais aos últimos e de nada valem. Todavia, cada derrota, perda ou decepção acumulada, tem sempre algo a nos acrescentar, seja sobre a forma de perceber melhor as pessoas, seja sobre as situações, os momentos. Agora, como ir a um culto que me deixa mais pra baixo do que animado? Que não me acrescenta nada e ainda me cobra obrigações de um deus carrasco, que não tem nada mais importante para fazer do que ficar me reprimindo e punindo?

Ah, como desejo que nossos cultos sejam tão somente cultos e que apenas cultuemos, de forma espontânea, alegre, L-I-V-R-E! Como espero que as caras assustadas e espantadas de alguns alunos meus, quando falo sobre um Cristo que nos ama incondicionalmente e que eles parecem nunca ter vivido, não exista mais. Ah crentes do meu Brasil, alguns de vocês precisavam ir mais ao Maracanã...

Só vitória no Cristo que jamais perdeu, mesmo tendo sido crucificado por minha causa. Que jamaais desistiu, mesmo tendo sido abandonado por aqueles que se diziam amigos; que jamais deixou de acreditar em nós, mesmo sendo quem somos – pecadores eternamente carentes desse insondável amor.

domingo, 3 de maio de 2009

Lembranças...

Até que ponto vale a pena olharmos para trás? O passado com todas as suas lembranças gera atitudes distintas em cada uma das pessoas. Umas preferem se esforçar em recordar apenas aquilo que foi bom. Outros porém, acreditam que recordar até mesmo aquilo que não foi tão bom assim é sinal de maturidade e serve de reflexão e alerta para evitar novos erros velhos. Existem ainda aqueles que vivem como se estivessem sido gerados já adultos – parecem ter inveja de Adão, que já “nasceu velho” – e assim preferem fingir que o passado não existe e viver o “daqui pra frente” – sendo o passado bom ou não. O último grupo é também muito interessante – são aqueles que não só recordam e lembram dos tempos passados, mas que vivem sonhando como se ainda estivessem nele – são os que não entendem que o passado, por mais sensacional que seja, é passado – e assim – passou... E aí, onde você se encaixa? A pergunta é simples e retórica. A resposta é subjetiva e reflexiva. E a escolha é sua – só sua...

Só vitória e que Deus lhe abençoe a lembrar sempre do que interessa – seja bom ou ruim.

sábado, 2 de maio de 2009

GRATIDÃO

A palavra deste sábado é curta, porém tão carregada de verdade como todas as outras que já escrevi aqui. O diferencial deste post é que chegamos ao artigo nº 30, conseguindo manter com muitos desafios, uma postagem por dia; e achei bem oportuno este momento para fazer menção de alguns nomes que se manifestaram positivamente e com entusiasmo sobre esse meu desvario literário. Antes apenas uma observação: só não farei menção dos que se manifestaram negativamente porque aqueles que não gostaram (ainda bem - ou infelizmente?) não se manifestaram...
Então lá vai o meu momento de programa da xuxa, mandando beijos pra mamãe e todo mundo... A diferença é apenas que utilizei a palavra não tão coloquial, gratidão, para manifestar este sentimento, em vez da tão citada obrigado. Mas no fundo é a mesma coisa: obrigado, valeu, muito grato, agradecido...
Valeu para a minha noiva Angélica, que é obrigada (forçada e não agraciada) a ler todos os posts; ao meu irmão Júnior, que foi um dos primeiros a se posicionar sobre os textos, copiando trechos e respondendo os e-mails que por livre e espontânea pressão ele recebe; valeu também para o meu outro irmão Diogo, que apesar de adolescente-quase jovem (FELIZ ANIVERSÁRIO DIOGO!!! 17 aninhos!!! É HOJE HEIN!!!) sempre comenta; não podia deixar de citar também o meu sempre professor Arnaldo, que apesar de não me ensinar mais em sala de aula, sempre faz proposições acrescentadoras e ousadas; valeu também para meus alunos do seminário representados na Lila, que se mostrou leitora assídua do blog; além da minha mãe Odair e claro, como não poderia esquecer, da minha querida sogra Cláudia, que tem lido e comentado fiel e diariamente, todos os meus artigos...
Enfim, o post de hoje é para vocês e a todos quanto têm recebido como benção, cada livre reflexão colocada aqui. Beijos na alma de cada um! (Beijos na alma!? Essa foi ótima... rsrsrs)
Só vitória no Cristo que nos faz ter amigos mais chegados que irmãos!

sexta-feira, 1 de maio de 2009

A imbecilidade da semana

Dia do trabalho e como é feriado escreverei pouco hoje. Afinal de contas, preciso descansar também, pois nada de trabalhar em feriado, ok?

Bem, então resolvi dar umas pinceladas nas principais notícias dessa semana e ver se achava algo interessante. E não é que achei? Algo que eu não poderia de forma alguma deixar de relatar. Lá vai: a campeã de imbecilidade – a história da prezada Nádia Pereira, pastora e missionária de uma Igreja ASSEMBLÉIA DE DEUS em Jardim América; apresentadora de um programa diário numa rádio PIRATA em Mesquita, chamado “profetizando vitória”. Além de todas essas atividades, Nádia é também empregada doméstica e foi acusada de atacar a umbandista Cirene Dark, 54 anos, cardíaca, dentro de sua própria casa em Pilares, na Zona Norte.

Confesso não ter pesquisado muito sobre os detalhes desta história. Contudo, o relato que li, tanto ontem quanto hoje, me serviram para destacar alguns pontos, apenas deixando de lado os pormenores jurídicos desta aberração. Cirene foi atacada, ao que parece, por causa de uma homenagem que prestaria a Maria Padilha (a famosa Pomba Gira)

Não sei o que houve para desencadear tamanho enlouquecimento da senhora Nádia. Não que alguma coisa justificasse. Mas, pelo menos tal insanidade teria um pouco de explicação. Agora, como pode alguém que se diz pastora, fazer isso? Missionária? De quem? Por quem? E para quem? Onde o Cristo manda que façamos isso? Como alguém assim pode pastorear?

E o auge do absurdo: a renomada pastora tem um programa diário – que faria questão de ouvir, só para comentar mais aqui – o problema é que a tal rádio é pirata, ilegal, clandestina, fora da lei, pecaminosa e tudo o mais. Como pode a benção de Deus vir através de uma fonte ilegal? Imaginem um ladrão que no seu local de “trabalho”, deixa folhetos evangélicos de paz, esperança e salvação para suas vítimas? Ou ainda o traficante que vende seus papelotes com dizeres dos salmos e dos evangelhos colados na embalagem?

Me pouparei e não irei comentar sobre a tentativa de homicídio, ou lesão corporal grave, intolerância religiosa e falta de sanidade. Minha indignação transporia minha tentativa de imparcialidade na escrita deste artigo e isso não seria correto. Assim, lamento apenas que isso seja ainda motivo de decepção para alguns crentes. Digo isso porque só há decepção quando há expectativa. Desta forma, apesar de alguns se sentirem ofendidos e envergonhados com tal atitude, ao ponto de quererem negar a fé; creio não ser para tanto. A reflexão que aqui cabe é como muitos aceitam facilmente determinadas titularidades espirituais, sem sequer questionarem a procedência e os resultados. Será que estes não sabem que de uma mesma fonte não pode proceder água limpa e água suja; doce e salgada? Pelas Nádias espalhadas por aí, nossa oração para que o Pai as converta. Pelas Cirenes umbandistas, nosso pedido para que ignorem as opressoras – tanto as que se dizem cristãs e não o são, como as Marias que se dizem santas e nada podem fazer.

Só vitória no Cristo que almoçou com prostitutas, caminhou com adúlteros, sentou-se com beberrões; e que nem por isso deixou de ser o salvador de nossas tão pobres e sujas almas!